(AO MEU FILHO, JOÃO CÂNDIDO)
Ganhando o céu da querência, pelo chamado de DEUS...
Não serei mais um extinto, junto à memória dos meus;
Serei vida, em outras formas, pelas mãos sábias do tempo,
Renascendo a cada dia, no campo, em quatro elementos.
Serei o vento em remanso pelas tardes de verão,
Sombra copada p’ra os mates, projetada sobre o chão;
A terra, em nuvens de poeira, rebojando num rodeio
Ou, nas patas de um cavalo. “escramuçando” no freio.
Pelas manhãs de céu limpo, voltarei, no sol nascente,
Fonte de luz no horizonte, para aquecer minha gente;
Pelas nuvens carregadas, nas manhãs de céu nublado,
Voltarei na água da chuva, matando a sede do pago.
No calor de um fogo grande, voltarei ao pensamento...
Sendo um rastro na consciência do meu próprio seguimento;
DEUS permita que, meu filho, com razões de prosseguir,
Sinta seu pai sempre vivo, nos rumos, por onde ir.
Serei o vento na sombra, lhe provocando arrepios;
Fogo grande, água p’ra os mates com gosto de campo e rio.
Serei terra, em suas mãos, pra garantir o sustento...
Serei eu, eternamente, vivendo em quatro elementos.
Que baita letra, Zeca. Se "lavou". Grande abraço!
ResponderExcluirLidiana Betega