Ainda
hoje cedo, me peguei mais uma vez repensando a vida, revendo os rumos,
e repensando o caminho a seguir; e como graças a DEUS meu universo é
uma vertente inesgotável de trilhas sonoras que dão sentido ao que sei e
penso; mais uma vez, minh'alma permitiu
que a condição de ser humano transcendesse em lágrimas aquilo que vivo,
e sinto que fazem parte da minha razão de existir, desta vez o poeta me
diz bem mais do que procuro, me diz exatamente o que pretendo reviver; e
como não bastasse, a obra está registrada na voz de um cantor, que pra
mim é parte viva do campo (Fabiano Bacchieri).
Tenho o prazer de repartir estas coisas simples da vida com os amigos! Gracias meu DEUS!
Cantiga pra um final de doma
"Um claro de lua ponteou no horizonte,
Debruçando estrelas do céu pras esporas...
A silhueta negra dos pingos troteando
é um quadro gaúcho, corredor afora".
"Trago de tiro um baio rabicano,
Cismado de baixo, e recém sujeitando;
Levo a tristeza de entregar já pronto,
Este zaino estrela que vem me embalando".
"Pingo buenaço que domei com gosto,
pra apartar terneiro em claro de rodeio...
que corta o rastro no peso do corpo,
e senta a cola no embalo do freio".
"Este é o destino de quem doma potros:
-Negacear a sorte em lombos de cavalos,
Ganhar a vida roseteando os malos,
E aprontar os buenos pra o andar dos outros".
"Então me vejo voltando no baio,
bobeando a cabeça, blandeando pra o céu...
Que doma nova é um braseiro morno,
E o mango, a faísca, para um fogaréu".
"Na lua grande o olhar da linda,
num castanho claro vestindo a invernada;
É um veneno pra quem vem solito,
Campeando achego no sem fim da estrada."
"Talvez por instinto eu afago um manso,
ou surro cruzado quando corcoveia:
-É o sangue sulino de algum ancestral,
é um bagual bufando no correr da veia."
Marcio Nunes Corrêa.
Tenho o prazer de repartir estas coisas simples da vida com os amigos! Gracias meu DEUS!
Cantiga pra um final de doma
"Um claro de lua ponteou no horizonte,
Debruçando estrelas do céu pras esporas...
A silhueta negra dos pingos troteando
é um quadro gaúcho, corredor afora".
"Trago de tiro um baio rabicano,
Cismado de baixo, e recém sujeitando;
Levo a tristeza de entregar já pronto,
Este zaino estrela que vem me embalando".
"Pingo buenaço que domei com gosto,
pra apartar terneiro em claro de rodeio...
que corta o rastro no peso do corpo,
e senta a cola no embalo do freio".
"Este é o destino de quem doma potros:
-Negacear a sorte em lombos de cavalos,
Ganhar a vida roseteando os malos,
E aprontar os buenos pra o andar dos outros".
"Então me vejo voltando no baio,
bobeando a cabeça, blandeando pra o céu...
Que doma nova é um braseiro morno,
E o mango, a faísca, para um fogaréu".
"Na lua grande o olhar da linda,
num castanho claro vestindo a invernada;
É um veneno pra quem vem solito,
Campeando achego no sem fim da estrada."
"Talvez por instinto eu afago um manso,
ou surro cruzado quando corcoveia:
-É o sangue sulino de algum ancestral,
é um bagual bufando no correr da veia."
Marcio Nunes Corrêa.
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