Na cabeceira se encontra
A estronca bem falquejada,
Pra garantia “dos pila”
No serviço de empreitada,
Firmando junto ao rabicho
As “sete corda espichada”.
“Ta” no tenteio do arame
A manha do alambrador,
Que vai “baxando as paleta”
Judiado do socador...
E traz as mãos calejadas,
Templado a frio e calor.
No rigor das estações
As cercas vão se estendendo,
No inverno, a geada castiga,
No verão, o sol, ardendo;
Cem metros feitos por dia,
Serviço bruto rendendo.
Em cada vão dos “moirões”
Cinco tramas atilhadas,
Arame liso e farpado
Na divisão de invernadas,
Capricho, visto de longe
Na cerca bem alinhada.
O principal nisso tudo,
Muitos custam “a se dar conta”,
Traz madrugadas consigo,
Trabalha de ponta a ponta;
Escorando a lida bruta
O alambrador é uma estronca.
Zeca Alves.
Zeca Alves! Meu irmão, aos poucos tu revelas pro Rio Grande a estronca que tu és, poeta do mais mais alto quilate. Mano véio! O Rio grande ainda vai conhecer muito de ti. abraço irmão
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