segunda-feira, 6 de junho de 2011
Que assim seja...
Quando o silêncio vai pelo caminho, buscando a volta que a estrada tem,
Levo comigo as penas que me tocam, e tiro delas o que me convém;
Mirando longe, vou livrando as pedras, nesse destino que se fez regalo,
Pois, hoje sei que, a cruz que se carrega não é motivo pra estropiar cavalo.
Levei um tempo pra entender a vida, na direção daquilo que procuro,
E perceber que a luz mostra o sentido, para guiar quem vê melhor no escuro;
Talvez, por isso, encilho pingos "buenos", e não sofreno, por saber que assim...
Evito a dor primeira de cortá-los, e a do remorso que ia ser pra mim.
Se tenho sede de uma boa aguada, e de uma sombra pra desencilhar,
A própria sede serve de motivo, pra que eu procure onde descansar;
Digo, em verdade, que os meus cavalos, são a razão deste pensar, também,
Porque, se levo algum pelo cabresto, tem um disposto a me levar além...
A cada escolha que me dita um rumo, se estende o rastro pelo corredor,
Com fé na alma, vejo as conseqüências, e se me fiz, ou não, merecedor;
Por ter saído em busca de respostas, a vida, as vezes, cobra mais empenho,
Daí, reviso minhas atitudes, pra evoluir nessa missão que tenho.
-É mais feliz quem sabe ver o mundo, com olhos claros, muito além daqui,
E recomeça reparando os erros, quando descobre a humildade em si;
Nem sempre o mínimo que faço é pouco, nem sempre o máximo é suficiente,
Só que meu ser tende a cuidar com jeito, do que preciso pra seguir em frente.
Notei então que, nada é por acaso, tão logo, a sina me afastou dos meus,
E, que a lonjura que nos faz distante, nos aproxima ainda mais de DEUS.
Mas, se tiver de ser, que assim seja; sigo adiante no meu estradear,
Conforme posso, num tranco largo, sou dos que sabem onde quer chegar.
Zeca Alves.
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